Tráfico humano
O tráfico humano remonta desde a
história da colonização do Brasil com o chamado tráfico negreiro onde os
portugueses passaram a usar os negros como escravos. Ao longo dos tempos,
transformações foram ocorrendo e a prática deste tipo de tráfico foi atingindo
dimensões maiores envolvendo pessoas de todos os níveis, independentes de cor,
raça ou condição social.
A geração tem se tornado cada vez
mais vulnerável aos traficantes que tentam tirar proveito da situação enganando
pessoas inocentes, mas que esperam um dia terem melhores condições de vida e é
a partir daí que começa o dilema do tráfico. Vítimas de uma sociedade capitalista/consumista,
estas pessoas lutam e acreditam em determinados momentos, que a chance chegou e
não deve ser desperdiçada. Porém, o que não sabem é que falsos empresários ou
pessoas sem boa índole vivem no mundo a explorar sentimentos alheios com
crueldade e sem nenhum pudor destruindo valores na sociedade.
Fortunas são oferecidas as
mulheres em troca de um trabalho digno que na verdade, ao deparar-se com a
realidade, são forçadas a vender o corpo sobre tortura ou até mesmo ameaça de
morte. Crianças são sequestradas para serem vendidas ao exterior ou ao próprio
Brasil, outras, assim como também adultos, são mortas para terem seus órgãos
traficados no mercado da marginalização que prolifera como dominador e líder em
corrupção.
Assim, a humanidade tem sido vítima
nas mãos dos que comercializam com o tráfico e que para eles essa ilegalidade
rende-lhes o que chamam de lucro. No entanto, as vítimas lesadas passam por uma
série de consequências graves, ao ponto de se tornarem incapazes de continuar
vivendo dignamente, quando sobrevivem, uma vez que, tendo seus princípios abalados
pela brutalidade, podem até não mais voltarem às condições normais de uma vida
tranquila devido às marcas de traumas instaladas no corpo e na mente.
Mas não podemos esquecer também
que se por um lado o tráfico humano é organizado por pessoas inescrupulosas, por
outro também há pais que num gesto desumano negociam os próprios filhos em
troca de dinheiro. Estes, juntos aos demais, poderiam ser punidos na forma da
lei e assim pagarem pelas atrocidades cometidas.
Esta forma estarrecedora de usar
o ser humano como um objeto de mercado tem causado sofrimentos aos que são
enganados ou sequestrados, assim como também aos familiares que muitas vezes
perdem seus entes queridos para o mundo da criminalidade. Diante desta
situação, procurando-se uma maneira de amenizar este ato selvagem que se
acentua cada vez mais no Brasil, cabe a nação mobilizar-se em prol da cidadania
e exigir das autoridades que façam valer de verdade os direitos humanos.
SILVA, Manoel Joaquim da.
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