O CÓDIGO DA NATUREZA
01 – CUIDADO COM O
FOGO! Uma beata, uma
fogueira ou um fósforo mal apagados podem causar desastres enormes em poucos
minutos: destruição de searas, florestas, matagais. Depois virá a erosão. E a
recuperação levará muitos anos, por vezes décadas, se de fato se verificar.
02 – NÃO PASSE POR CIMA
DE MUROS, NEM OS DESTRUA! Estará a dar muito trabalho ao agricultor para os recuperar. O muro serve
de proteção do vento, evita que o gado saia e, no nosso país em que muitas
zonas são pedregosas, as pedras que constituem os muros foram retiradas do
campo para facilitar a lavoura.
03 – PROTEJA AS
ESPÉCIES NATURAIS!
Não colha ramos das árvores, nem faça molhos de flores e ramos de plantas
silvestres. Para ter plantas silvestres em casa colha alguns frutos e ponha-os
em vasos ou construa um terrário.
04 – RESPEITE A VIDA RURAL!
Nunca se deve dar
aos agricultores e pastores quaisquer motivos de queixa do seu comportamento no campo. Os bens das pessoas do campo
e ambiente natural devem ser respeitados. É preferível tomar notas e tirar
fotografias que arrancar e recolher exemplares de espécies vivas ali
existentes.
05 – SALVAGUARDE OS
NOSSOS RECURSOS DE ÁGUA! Não se esqueça que muitos cursos de água e albufeiras servem para o
abastecimento de água potável. Muitos pastores levam aí seu gado para dar de
beber. Não lance garrafas nem latas para dentro de água. Não contamine com
produtos químicos, nem nela deite sacos de plástico ou outros materiais
sintéticos (pneus, placas de esferovite, etc.).
06 – CONDUZA COM
CUIDADO NAS ESTRADAS DE TERRA BATIDA E NOS CAMINHOS DE SERVENTIA! Muitas vezes existem curvas apertadas
ou sebes que dificultam a visibilidade, e do outro lado pode estar gado ou
algum trator. Não estacione o carro num caminho estreito, nem à entrada de
propriedades.
07 – UTILIZE OS
CAMINHOS DE PÉ-POSTO E VICINAIS PARA ATRAVESSAR TERRAS LAVRADAS! O que pode parecer erva, bem pode ser
cereal. Não indisponha o agricultor contra outros passeantes.
08 – FECHE AS CANCELAS!
Nunca pelos muros ou
vedações. Contorne-os e passe pela cancela. Mas não se esqueça de a fechar,
pois o gado pode sair. Para além da dificuldade em o recolher, os animais podem
causar graves acidentes ou destruir campos agrícolas.
09 – NÃO DEIXE O LIXO
NO CAMPO OU NA PRAIA! Para além de serem antiestéticos e darem à paisagem um aspecto bastante
degradante, os desperdícios podem matar animais domésticos se estes os
ingerirem. Leve sempre um ou mais sacos para transportar o lixo para o colocar
num recipiente apropriado – os sacos ecológicos.
10 – RESPEITE AS
INDICAÇÕES DADAS E OS SINAIS EXISTENTES NAS ÁREAS PROTEGIDAS! Sair fora dos caminhos recomendados,
entrar em Reservas Integrais, tirar fotografias de certos locais e proceder a
estudos e levantamentos de campo sem autorização, acampar num local qualquer,
são algumas das muitas ações contraproducentes a ter em Parques de Reservas
Naturais.
11 – RESPEITE OS
EDIFÍCIOS! Habitações,
mesmo que velhas, castelos e povoados antigos, bem como outros edifícios de
interesse cultural, fazem parte do nosso patrimônio e muitas vezes estão
relacionados com a paisagem e sua evolução.
12 – NÃO GRITE! Não é apenas pelo sossego, tão
importante para cada um de nós. É que gritar, falar alto ou outros ruídos
fortes, perturbam a fauna, dificultando mesmo a sua observação. Com crianças e
jovens é difícil, mas pode-se fazer um esforço, escolhendo as horas do dia
adequadas para as visitas e passeios.
13 – NÃO APANHE NEM
CACE ANIMAIS! Se o
pretende fazer siga o estipulado na Lei da Caça. Para proceder à captura de animais, mesmo para estudo, são
necessárias as devidas autorizações, o que implica que conheça bem as espécies.
Atualmente no nosso país as penas já são algo pesadas.
14 – NÃO DESTRUA O
PATRIMÔNIO GEOLÓGICO! Quando visitar áreas importantes sob o ponto de vista geológico, não
apanhe exemplares para coleção; nas cavernas e grutas deixe ficar as
estalactites e estalagmites e evite perturbar os morcegos.
15 – DEIXE EM PAZ AS
AVES! Observe-as de
longe, auxiliado por material óptico. Não mexa nos ninhos, muito menos nos
ovos. Não deixe que os outros pilhem os ninhos.
FONTE:
OLIVEIRA, Luís Felipe. - Educação Hoje - Educação Ambiental.
4ª ed. Lisboa: Texto Editora LDA, 1995.