Dicas
para uma boa Redação
"Um dos piores erros que os candidatos
podem cometer em uma prova de redação é a extrema preocupação com a forma, com
a gramática. O importante é que ele opine sobre o tema", explica a
coordenadora da banca de avaliação de redações da PUC-RS (Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul), Marisa Magnus Smith.
Já faz tempo que o segredo de escrever uma
boa redação deixou de ser o fato de não errar a gramática. Na opinião de
especialistas, acima de tudo, uma boa redação de vestibular - que nada mais é
do que um teste para averiguar a capacidade do estudante em opinar e refletir -
deve conter argumentação bem colocada e bem fundamentada.
Para se sair bem em sua "defesa",
os especialistas dizem que os candidatos não devem ficar "em cima do
muro" (ora a favor, ora contra o tema), tampouco comprar opiniões do
senso-comum. Se o candidato não estiver certo do que está dizendo e não expuser
razões para pensar daquela forma o texto fica vazio. "O texto tem que ter
posicionamento, se for exclusivamente informativo não é bom. Aliás, não dá nem
para começar a escrever um texto se não tiver uma opinião. Um texto sem opinião
não existe", reforça o professor de redação do Cursinho Anglo, Maurício
Soares Filho.
Para entender melhor por que os especialistas
defendem essa ideia é fácil: imagine que as drogas acabaram de ser legalizadas
pelo governo. Segundo os especialistas, se as pessoas abrem o jornal e procuram
um artigo sobre a questão e encontram um texto sem nenhuma argumentação ou
opinião, elas não refletirão, além de chato de ler. Para eles, aquilo que o
leitor espera de um articulista é o mesmo que um examinador de vestibular
espera de um futuro universitário (especialmente se for de universidade
pública): opinião e reflexão.
De acordo com Soares Filho, para seu texto
causar impacto, porém, a opinião deve estar muito clara. Por isso, a construção
da redação deve valorizar seus argumentos. A ordem é apostar na organização da
estrutura textual para não perder o fio da meada. "Organizar as
informações é o segredo para fazer que a opinião apareça", complementa
Soares Filho.
Treinando
um texto nota 10
Se a intenção é obter destaque por meio de
uma boa argumentação, o que fazer para se preparar? Ler, ler, ler e escrever,
escrever e escrever. "O hábito da leitura ajuda a desenvolver a escrita.
Além disso, com a prática da redação, alguns padrões de textualidade são mais
facilmente assimilados do que pelo professor a falar em sala de aula",
enfatiza Marisa.
Para Soares Filho, a prova de redação é 50%
leitura e 50% escrita. "Uma é consequência da outra. O primeiro passo para
ter sucesso é ler o tema com muita atenção e, em seguida, posicionar sua
opinião para definir o que será defendido".
Uma boa dica é ler editoriais, crônicas,
artigos e textos assinados que emitam opinião sobre o tema que é retratado. Com
isso, é possível criar uma bagagem de como e em que momentos é pertinente
evidenciar as opiniões pessoais.
Outra dica valiosa é procurar ser autêntico.
Na hora de escrever um texto sobre a legalização das drogas ou do aborto
ninguém precisa "encarnar o revolucionário" para passar em um
vestibular de uma universidade famosa por sua histórica política de
contestação. A autenticidade do seu pensamento deve estar refletida em seu
texto, nem mais, nem menos.
"Como professor, uma de minhas
preocupações é esclarecer para os meus alunos que eles não devem fingir ser uma
pessoa que não são na hora de escrever, pois assim, vão ter dificuldades em
sustentar os argumentos, e fica muito fácil se contradizer, o que compromete a
qualidade do texto", diz Maurício.
Por fim, a prova de redação serve para
avaliar a capacidade do candidato de se comunicar por escrito, de fazer
reflexão e de conseguir se expressar de maneira simples e coesa. Por isso é tão
importante não ser superficial e mostrar uma visão crítica sobre o tema a ser
discutido.
Dicas
para se dar bem na redação
-Não comece escrever sem pensar e definir sua
opinião sobre o tema;
-Tome cuidado para não fugir do tema
proposto;
-Não tente "modernizar" a escrita
durante a prova;
-Evite o uso de clichês;
-Evite repetição de termos e palavras. Faça
uso de sinônimos e elipse;
-Fundamente os argumentos, mas nunca use
exemplos pessoais;
-Lembre-se: o texto é uma conversa com um
interlocutor desconhecido, portanto seja o mais claro possível.
Como
Escrever uma Redação?
1° A
constante preparação
Lendo. Ler é vital e
inclui assuntos diversos (através de jornais, livros, revistas e até internet).
Saber vocabulário e armazenar ideias, que são percebidas em outros textos, vão
fazer a diferença na hora da prova de Redação.
Praticando. Nada melhor do que
fazer redação para aprender a fazer Redação. Por isso tenha o hábito de
escrever. Desde diários, poemas e bloggs até dissertações e narrações. Só
treinando você aprende a maneira de substituir palavras com sinônimos, combinar
frases com sentido adequado e criar lindos textos.
2º A
construção perfeita do assunto
E na hora de fazer a Redação de Vestibular
por exemplo, esteja atenta para combinar ideias e argumentos da melhor maneira
possível. Leia com atenção a proposta dada e antes de usar a caneta organize
seus pensamentos. Use sua habilidade para mesclar informações e defina qual é o
seu objetivo. A maioria das provas vem com muito material de apoio (pequenos
textos que ajudam a escrever o texto). Use-o, mas acrescente conhecimentos seus
também.
Depois de pronto, leia e releia. Imagine o
que uma pessoa "externa" (corretor da prova) acharia do seu texto e
modifique conforme for.
E não se esqueça que todos nós somos capazes
de organizar nossas ideias e escrever uma excelente Redação. É só se preparar e
ter muita calma na hora da composição.
Qualidades
e defeitos de um texto
QUALIDADES
Concisão: Ser conciso significa não abusar das palavras
para expressar uma ideia. Dentro do texto, e recomendável ir direto ao assunto
e eliminar tudo o que for desnecessário e inútil (não '"ficar
enrolando'" pois, assim, suas (chances de acertar serão maiores.
Clareza: Consiste na
expressão de ideias de forma que estas possam ser compreendidas com maior
rapidez pelo leitor. Ser claro significa ser coerente, evitando desobedecer as
normas da língua portuguesa, construir parágrafos longos ou usar vocabulário impreciso.
Elegância: Em um texto de
vestibular, é preciso utilizar a norma culta para exprimir suas ideias e
pensamentos. Ou seja, obedeça aos princípios estabelecidos pela gramática.
Lembre-se sempre de manter-se informado sobre as regras que regem o uso da
língua e a estrutura dos textos.
Nunca
use gírias, frases prontas, ditos populares ou palavras rebuscadas – isso pode prejudicar a sua
pontuação.
DEFEITOS
Ambiguidade: Ocorre quando se
empregam de forma incorreta palavras, expressões e pontuação. Consiste em um
defeito da prosa no qual uma frase apresenta mais de um sentido, o que pode
confundir o leitor.
Obscuridade: Ocorre
principalmente quando falta clareza aos argumentos do texto. Pode ser visto
geralmente em textos com períodos excessivamente longos, com falhas de
pontuação ou linguagem rebuscada.
Pleonasmo: Consiste na
repetição desnecessária de um ou mais termos.
Prolixidade: Utilização de um
número de palavras acima do necessário ou, de forma mais coloquial,
"enrolar" o texto.
Dissertação
- Dicas Importantes
1) Só
aborde na introdução e na conclusão o que realmente estiver no desenvolvimento.
A introdução é uma “promessa”. É nela que se
apresenta o ponto de vista a ser defendido ou o assunto sobre o qual se
discorrerá. Por isso, o que estiver “prometido” ao leitor tem que ser
“cumprido” no desenvolvimento. O que se introduz deve-se desenvolver.
Já a conclusão, não nos esqueçamos, é,
geralmente, a retomada do ponto de vista, o resumo dos pontos abordados ou a
apresentação de propostas que visem a solucionar um problema. Então, só se deve
fazer referência a aspectos realmente abordados na dissertação.
Veja um exemplo de falha. O aluno, na
introdução desta redação sobre racismo, tocou em assuntos que simplesmente
foram ignorados no desenvolvimento:
Vivemos
em um mundo capitalista, tendo como principal objetivo o lucro. Muitas vezes
para obter esse lucro o homem pratica atos terríveis, como por exemplo o
racismo.
Na
semana passada foi aberta a Conferência das Nações Unidas na África do Sul para
discutir o racismo no mundo. A delegação brasileira apresentou propostas que
incluem o estabelecimento de cotas para negros na universidade. Será que isso
seria a solução para o fim da discriminação racial?
Sem
dúvida, o acesso à universidade é crucial.
No
entanto antes disso não seria preciso ter uma boa formação de base, ou seja,
não só os negros, mas sim todas as crianças carentes estarem bem preparadas com
a educação do ensino fundamental e ensino médio para disputar frente a frente
uma vaga nas universidades com pessoas de classes mais elevadas?
Enfim,
como vivemos em um mundo capitalista, além de aspirarmos amor, paz,
fraternidade, muitas vezes o que mais queremos é uma melhora no setor
financeiro. E para que todos possam ter uma chance, vimos que a educação é um
meio. Dessa forma, não só as pessoas de níveis mais elevados podem conseguir,
mas também pessoas carentes, negros, etc.
2)
Evite períodos muito longos ou sequências de frases muito curtas.
O equilíbrio e o bom senso são fundamentais
na dissertação. Assim como frases grandes demais são evitáveis, as sequências
de mini frases também o são. Numa dissertação de vestibular, uma boa média de
tamanho de cada frase é a de duas linhas e meia ou três linhas.
Isso não quer dizer, no entanto, que lhe seja
proibido utilizar, de vez em quando, uma frase curta, de meia linha, por
exemplo. Quanto mais você escrever, mais naturalmente serão produzidos os
períodos, cujos tamanhos lhe agradarão ou desagradarão intuitivamente. A
redação e o automóvel têm algo em comum: quanto mais dirigimos um carro, menos
temos que pensar para fazê-lo. Torna-se algo natural. Veja um exemplo de frase
“grandinha” demais:
Em
vista dos argumentos mencionados, vemos que o problema não deve ser analisado
como caso para uma retaliação militar. Antes de ser tomada uma medida tão
drástica como essa, devem-se buscar exemplos históricos que indiquem
providências a serem ou não reutilizadas, o que, com certeza, traria maior
respeito aos Estados Unidos, que, ao invés de ser protagonista de uma
destruição vingativa e desnecessária, poderia demonstrar seu nível de
desenvolvimento resolvendo a questão de uma maneira pacífica e eficaz.
Haja fôlego para ler um período desses! Que
tal fazermos uma reconstrução, para que o leitor consiga lê-lo sem perder a
capacidade de respirar?
Em
vista dos argumentos mencionados, vemos que o problema não deve ser analisado
como caso para uma retaliação militar. Antes de ser tomada uma medida tão
drástica como essa, devem-se buscar exemplos históricos que indiquem
providências a serem ou não reutilizadas.
Isso,
com certeza, traria maior respeito aos Estados Unidos. O país, em vez de ser
protagonista de uma destruição vingativa e desnecessária, poderia demonstrar
seu nível de desenvolvimento resolvendo a questão de uma maneira pacífica e
eficaz.
Os dez
erros mais graves
Alguns erros revelam maior desconhecimento da
língua que outros. Os dez abaixo estão nessa situação.
1 - Quando "estiver" voltado da
Europa. Nunca confunda tiver e tivesse com estiver e estivesse. Assim: Quanto
tiver voltado da Europa. / Quando estiver satisfeito. / Se tivesse saído mais
cedo. / Se estivesse em condições.
2 - Que "seje" feliz. O subjuntivo
de ser e estar é seja e esteja: Que seja feliz. / Que esteja (e nunca
"esteje") alerta.
3 - Ele é "de menor". O de não
existe: Ele é menor.
4 - A gente "fomos" embora.
Concordância normal: A gente foi embora. E também: O pessoal chegou (e nunca
"chegaram"). / A turma falou.
5 - De "formas" que. Locuções desse
tipo não têm s: De forma que, de maneira que, de modo que, etc.
6 - Fiquei fora de "si". Os
pronomes combinam entre si: Fiquei fora de mim. / Ele ficou fora de si. /
Ficamos fora de nós. / Ficaram fora de si.
7 - Acredito "de" que. Não use o de
antes de qualquer que: Acredito que, penso que, julgo que, disse que, revelou
que, creio que, espero que, etc.
8 - Fale alto porque ele "houve"
mal. A confusão está-se tornando muito comum. O certo é: Fale alto porque ele
ouve mal. Houve é forma de haver: Houve muita chuva esta semana.
9 - Ela veio, "mais" você, não. É
mas, conjunção, que indica ressalva, restrição: Ela veio, mas você, não.
10 - Fale sem "exitar". Escreva
certo: hesitar. Veja outros erros de grafia e entre parênteses a forma correta:
"areoporto" (aeroporto), "metereologia" (meteorologia),
"deiche" (deixe), enchergar (enxergar), "exiga" (exija). E
nunca troque menos por "menas", verdadeiro absurdo linguístico.
REVISANDO: Dicas rápidas para fazer uma boa redação
1) Na dissertação, não escreva períodos muito
longos nem muitos curtos.
2) Na dissertação, não use expressões como
“eu acho”, “eu penso” ou “quem sabe”, que mostram dúvidas em seus argumentos.
3) Uma redação “brilhante” mas que fuja
totalmente ao tema proposto será anulada.
4) É importante que, em uma dissertação,
sejam apresentados e discutidos fatos, dados e pontos de vista acerca da
questão proposta.
5) A postura mais adequada para se dissertar
é escrever impessoalmente, ou seja, deve-se evitar a utilização da primeira
pessoa do singular.
6) Na narração, uma boa caracterização de
personagens não pode levar em consideração apenas aspectos físicos. Elas têm de
ser pensadas como representações de pessoas, e por isso sua caracterização é
bem mais complexa, devendo levar em conta também aspectos psicológicos de tipos
humanos.
7) O texto dissertativo é dirigido a um
interlocutor genérico, universal; a carta argumentativa pressupõe um
interlocutor específico para quem a argumentação deverá estar orientada.
8 ) O que se solicita dos alunos é muito mais
uma reflexão sobre um determinado tema, apresentada sob forma escrita, do que
uma simples redação vista como um episódio circunstancial de escrita.
9) A letra de forma deve ser evitada, pois
dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma boa grafia e limpeza
são fundamentais.
10) Na narração, há a necessidade de
caracterizar e desenvolver os seguintes elementos: narrador, personagem,
enredo, cenário e tempo.
Os 10
mandamentos da arte de escrever
Por: Dad Squarisi
1 -
Escrever é mandar recado
A receita de uma sobremesa é um recado. O
convite para a festa de aniversário é um recado. A carta para seu amado é um
recado. Toda mensagem é um recado.
2 -
Seja natural
Fique à vontade. Imagine que o leitor esteja
à sua frente. Converse com ele. Fale fácil e espaceje suas frases com pausas.
Confira ao texto um toque humano, pois você escreve para pessoas.
3 - Vá
direto ao assunto
Não enrole: Comece pelo mais importante. E
comece bem, com uma frase atraente, que lhe desperte o interesse e o estimule a
prosseguir a leitura. No final, dê-lhe o prêmio de um fecho de ouro, como
inesquecível sobremesa a coroar um lauto almoço.
4 - Use
frases curtas
A pessoa só consegue dominar determinado
número de palavras antes que os olhos peçam uma pausa. A frase muito longa dá
trabalho, confunde. Por isso, use sentenças de, no máximo, uma linha e meia.
Lembre-se: uma frase longa nada mais é do que duas curtas.
5 -
Prefira palavras breves e simples
Vocábulos longos e pomposos funcionam como
cortina de fumaça entre você e o leitor. Seja simples. Entre duas curtas, a
mais simples. Em vez de falecer, escreva morrer; em lugar de somente, só; de
matrimônio, casamento; de féretro, caixão; de morosidade, lentidão.
6 -
Ponha as sentenças na forma positiva
Diga o que é, não o que não é. Quer exemplos?
Não ser honesto é ser desonesto; não lembrar é esquecer; não dar atenção é
ignorar; não comparecer é faltar; não pagar em dia é atrasar o pagamento.
7 -
Opte pela voz ativa
Ela é mais direta, vigorosa e concisa que a
passiva (a passiva, como o nome diz, parece sem força, desmaiada). Prefira
"um raio provocou o blecaute" a "o blecaute foi provocado por um
raio".
8 -
Abuse de substantivos e verbos
Escreva com a convicção de que no idioma só
existem essas duas classes de palavras. As demais, sobretudo adjetivos e
advérbios, devem ser usadas com a sovinice do Tio Patinhas. Na dúvida, deixe-os
pra lá: (Normalmente) ao escrever textos (informativos), use substantivos
(fortes) e verbos (expressivos).
9 -
Seja conciso
Não diga nem mais nem menos do que você
precisa dizer. Cultivar a economia verbal sem prejuízo da completa e eficaz
expressão do pensamento tem dupla vantagem. Uma: respeita a paciência do
leitor. Outra: poupa tempo e espaço.
10 -
Persiga a clareza
Dificultar a compreensão do texto é colocar
uma pedra no caminho do leitor. Para quê? Facilite-lhe a vida. Nas declarações
longas, não o deixe ansioso. Identifique o autor imediatamente antes da citação
ou depois da primeira frase.
DISSERTAÇÃO:
O PARÁGRAFO
O parágrafo pode processar-se de diferentes
maneiras:
1- ENUMERAÇÃO
- Caracteriza-se pela exposição de uma série
de coisas, uma a uma. Presta-se bem à indicação de características, funções,
processos, situações, sempre oferecendo o complemente necessário à afirmação
estabelecida na frase nuclear. Pode-se enumerar, seguindo-se os critérios de
importância, preferência, classificação ou aleatoriamente.
Exemplo: O adolescente moderno está se
tornando obeso por várias causas: alimentação inadequada, falta de exercícios
sistemáticos e demasiada permanência diante de computadores e aparelhos de tv.
Exercícios - No seu caderno, coloque a frase
núcleo. Abaixo dela, apenas enumere os elementos que completarão a frase.
Depois monte um parágrafo.
Exemplo: Devido à expansão das igrejas
evangélicas, é grande o número de emissoras que dedicam parte da sua
programação à veiculação de programas religiosos de crenças variadas.
Enumeração -
A) A Santa Missa em seu lar
B) Terço Bizantino
C) Despertar da Fé
D) Palavra de Vida
E) Igreja da Graça no Lar
1) Inúmeras são as dificuldades com que se
defronta o governo brasileiro diante de tantos desmatamentos, desequilíbrios
sociológicos e poluição.
2) Existem várias razões que levam um homem a
enveredar pelos caminhos do crime.
3) A gravidez na adolescência é um problema
seríssimo , porque pode trazer muitas consequências indesejáveis.
4) O lazer é uma necessidade do cidadão para
a sua sobrevivência no mundo atual e vários são os tipos de lazer .
5) O Novo Código Nacional de trânsito divide
as faltas em várias categorias.
2-
COMPARAÇÃO
- A frase nuclear pode-se desenvolver através
da comparação, que confronta ideias, fatos, fenômenos e apresenta-lhes as
semelhanças ou dessemelhanças.
Exemplo: “A juventude é uma infatigável
aspiração de felicidade; a velhice, pelo contrário, é dominada por um vago e
persistente sentimento de dor, porque já estamos nos convencendo de que a
felicidade é uma ilusão, que só o sofrimento é real. “ (Arthur Schopenhauer)
Exercícios
A partir das frases abaixo, desenvolver
parágrafos com comparações.
1) A tensão do futebol é igual à tensão da
vida.
2) Uma coisa é escrever como poeta, outra
como historiador.
3) Assim como as palavras, as expressões
fisionômicas também têm a sua linguagem.
4) Indubitavelmente, o vestibular pode ser
comparado a uma angustiante corrida de obstáculos.
5) Comparando-se o antigo Código Nacional de
Trânsito com o atual, percebe-se claramente que a lei exige mais
responsabilidade do motorista.
REVISÃO:
O QUE É DISSERTAÇÃO?
Dissertação é um texto que se caracteriza
pela exposição, defesa de uma ideia que será analisada e discutida a partir de
um ponto de vista. Para tal defesa o autor do texto dissertativo trabalha com
argumentos, com fatos, com dados, os quais utiliza para reforçar ou justificar
o desenvolvimento de suas ideias.
Organiza-se, geralmente, em três partes:
•Introdução
- onde você explicita o assunto a ser discutido, com a apresentação de uma ideia
ou de um ponto de vista que pretende defender.
•Desenvolvimento
ou argumentação - em que irá desenvolver seu ponto de vista. Para isso,
deve argumentar, fornecer dados, trabalhar exemplos, se necessário.
•Conclusão - em que dará um
fecho coerente com o desenvolvimento e com os argumentos apresentados. Em
geral, a conclusão é uma retomada da ideia apresentada na introdução, agora com
mais ênfase, de forma mais conclusiva, onde não deve aparecer nenhuma ideia
nova, uma vez que você está fechando o texto.
•O texto dissertativo argumentativo
destina-se ao chamado "leitor universal", ou seja, a qualquer pessoa
que tenha acesso a ele. Devem ser textos abrangendo conceitos amplos,
genéricos, evitando particularizar situações. As construções mais adequadas,
procurando evitar-se a 1ª pessoa do singular, seriam:
"Notamos que grande parte
dos brasileiros..."
"Observa-se que uma
parcela da população..."
Exercício
Redação
Nos três textos abaixo, manifestam-se
diferentes concepções do tempo; o autor de cada um deles expõe uma determinada
relação com a passagem do tempo. Leia-os com atenção:
Texto I
Mais do que nunca a história é atualmente
revista ou inventada por gente que não deseja o passado real, mas somente um
passado que sirva a seus objetivos (...) Os negócios da humanidade são hoje
conduzidos especialmente por tecnocratas, resolvedores de problemas, para quem
a história é quase irrelevante; por isso, ela passou a ser mais importante para
nosso entendimento do mundo do que anteriormente.
(Eric Hobsbawm, Tempos interessantes: uma
vida no século XX)
Texto
II
O que existe é o dia-a-dia. Ninguém vai me
dizer que o que aconteceu no passado tem alguma coisa a ver com o presente,
muito menos com o futuro. Tudo é hoje, tudo é já. Quem não se liga na
velocidade moderna, quem não acompanha as mudanças, as descobertas, as
conquistas de cada dia, fica parado no tempo, não entende nada do que está
acontecendo.
(Herberto Linhares, depoimento)
Texto
III
Não se afobe, não
Que nada é pra já,
O amor não tem pressa,
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário,
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar...
E que sabe, então,
O Rio será
Alguma cidade submersa.
Os escafandristas virão
Explorar sua casa,
Seu quarto, suas coisas,
Sua alma, desvãos...
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas, palavras,
Fragmentos de cartas, poemas,
Mentiras, retratos,
Vestígios de estranha civilização.
Não se afobe, não,
Que nada é pra já,
Amores serão sempre amáveis.
Futuros amantes quiçá
Se amarão, sem saber,
Com o amor que eu um di
Deixei pra você.
(Chico Buarque, "Futuros amantes")
Redija uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, na qual você
apontará, sucintamente, as diferentes concepções do tempo, presentes nos três
textos, e argumentará em favor da concepção do tempo com a qual você mais se identifica.
QUANDO
SE UTILIZA O PONTO-E-VÍRGULA
O ponto-e-vírgula é um sinal utilizado quando
a pausa desejada não é nem tão breve quanto a vírgula, nem tão longa quanto o
ponto. O ponto-e-vírgula é, pois, uma pausa intermediária entre o ponto e a
vírgula.
Quando
usá-lo?
1) Em enumerações (muito usadas em textos
jurídicos - leis, artigos, decretos, etc. - e em livros didáticos), principalmente
se os elementos enumerados forem relativamente extensos e numerosos.
Exemplo: Havia vários fatores que
corroboravam sua personalidade violenta: morava numa região muito violenta, na
qual tiros e facadas eram algo comum; nunca teve acesso à escola e à boa
informação, por não desfrutar as condições econômicas básicas para isso; era
espancado pelo pai quando tinha seis anos de idade; etc. Veja que cada elemento
enumerado é um período composto, com mais de uma oração (verbo) cada um.
Essa extensão exige uma pausa maior que a
vírgula, mas não tão grande quanto o ponto. É aí que entra o ponto-e-vírgula.
Você também deve ter notado que entre o último elemento e o etc. também houve o
ponto-e-vírgula. Quando os grupos são separados pelo ponto-e-vírgula, o etc.,
se der continuidade a essa enumeração, deve ser precedido pelo mesmo sinal.
2) Quando a vírgula marca a omissão de um
verbo, pode haver, antes do sujeito desse verbo, uma pausa representada pelo
ponto-e-vírgula ou pelo ponto simples.
Exemplo: O general não temia o que lhe podia
acontecer; os soldados, sempre (temiam);
O general não temia o que lhe podia
acontecer. Os soldados, sempre (temiam). Se a pausa em questão fosse marcada
por uma simples vírgula, o sujeito os soldados poderia ser visto como um
elemento intercalado (ver Vírgula), isolado por vírgulas, o que prejudicaria a
fluência da leitura: O general não temia o que lhe podia acontecer, os
soldados, sempre. Notou como não ficaria bom?
3) Quando você achar que há excesso de
vírgulas, uma muito perto da outra, apele ao ponto-e-vírgula entre orações ou
termos mais extensos. Em determinadas situações, é um elemento indispensável à
boa sequência do texto.
Exemplo: Eles sabiam de tudo o que se passava
no colégio interno, mas, como já era de se esperar, nunca fizeram nada. Há uma
oração (negrito) entre mas e sua oração (nunca fizeram nada).
E antes do mas há outra vírgula. Poder-se-ia
usar o ponto-e-vírgula antes do mas, a fim de diminuir essa virgulada toda e
estabelecer uma pausa: Eles sabiam de tudo o que se passava no colégio interno;
mas, como já era de se esperar, nunca fizeram nada. Esse não é um caso
obrigatório.
O sinal é elucidante, enfatiza o caráter
adversativo (contrário) da oração introduzida pelo mas, porém poderia ter sido
empregada a vírgula também.
4) Há ainda o caso das conjunções
intercaladas. Quando optamos por colocar esses conectivos entre vírgulas (em
posição não-inicial na oração), o ponto-e-vírgula é uma ótima opção para marcar
a pausa entre as orações.
Exemplo: Jonas tem muito dinheiro; não pode,
porém, desfrutar suas vantagens.
COMO
FAZER UMA BOA REDAÇÃO NO ENEM
A temática mais voltada para o social e a
aplicação dos cinco conceitos explorados na prova objetiva são os principais
pontos que a diferencia das demais. O texto deve ser estruturado na forma de
prosa do tipo dissertativo-argumentativo, uma preocupação com a reflexão.
"O Enem quer formar cidadãos, pessoas
com uma visão global do que acontece ao seu redor e capazes de opinar sobre
isso", explica Osmar Junqueira Lima, professor de português e literatura
do Instituto Henfil, ONG paulista que oferece cursos de preparação para a
prova.
Apesar de ter uma estrutura semelhante às
redações dos vestibulares comuns, o texto a ser redigido na prova do Enem exige
do aluno um raciocínio mais homogêneo e completo. Para Lima, a palavra que
define a redação é "interdisciplinaridade". Ou seja, "o aluno
deve saber enxergar os acontecimentos como um todo, não em quadros
isolados".
Em termos práticos, um tema será apresentado,
e o candidato deverá desenvolver suas ideias sobre este assunto de forma
coerente e organizada. "Isso significa levantar uma tese nas primeiras
linhas, desenvolvê-la e defendê-la nos parágrafos seguintes”.
Isso fica claro nas competências de avaliação da prova objetiva, cobradas de uma forma
um pouco diferente na questão da redação.
A
competência I
Referente ao domínio da linguagem, aplicada à
redação, significa fazer uso da norma culta da língua portuguesa. Serão
examinados aspectos como a concordância verbal e nominal, pontuação, ortografia
e acentuação. Cássia confirma a importância deste aspecto na prova. "Não
adianta o aluno ter uma boa proposta para o tema, se não domina o conteúdo
gramatical".
A
competência II
Consiste em saber construir e aplicar
conceitos e compreender fenômenos. Na redação, isso significa compreender a
proposta e aplicar os conceitos conhecidos para desenvolver este assunto. Feito
isso, o candidato deve saber selecionar e hierarquizar o seu conhecimento para
responder a questão apresentada pelo tema, exigência que caracteriza a competência III. "A prioridade no
Enem é saber inter-relacionar os conteúdos”.
A temática, talvez o aspecto mais peculiar do
Enem, geralmente propõe abordagens sociais, como violência, política e educação.
Temas mais polêmicos implicam em um bom conhecimento do assunto.
É aí que entra a competência IV. Ela exige do candidato saber construir um argumento
consistente, ou seja, por meio dos conceitos selecionados e hierarquizados,
defender um ponto de vista. Fazer isso, obriga o aluno a saber o que está falando.
Ao desenvolver a questão apresentada, o
candidato deve incluí-la em um contexto de diversidade cultural e respeito aos
valores humanos e apresentar propostas de intervenção solidária na realidade,
que é a competência V. Isso
significa pensar em cidadania.
O TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO – MAIS DICAS PARA
FAZER UMA BOA REDAÇÃO
Ser cidadão é refletir sobre os problemas que
afetam a sociedade, desenvolver uma opinião e procurar soluções. Fazendo isso,
o candidato alcança os cinco tópicos propostos pelo Enem e dá um passo para participar
da sociedade do futuro.
Observe uma pequena dica sobre uma possível
estrutura básica (quase um “modelo” bem simples e pouco criativo) do texto
dissertativo-argumentativo. Talvez essa dica ajude àqueles que estão com
dificuldades para desenvolver um texto de maneira mais clara.
Vale ressaltar que não se trata de um regra a
ser seguida, mas apenas de uma dica que pode ser totalmente ou em partes
aproveitada.
Primeiro
passo: entender bem o tema do texto
Exemplo: TEMA: “O adolescente, hoje, precisa
de limites?”
Desse tema eu posso retirar uma expressão
central: “limite para os adolescentes”. Ou posso, simplesmente, retirar a
expressão “limites”.
Segundo passo: a introdução do texto
Posso começar a escrever o texto
dissertativo-argumentativo definindo a expressão central retirada do tema.
(entenda como uma das muitas formas de se começar um texto)
Exemplo: Definindo a expressão “limite para
os adolescentes” : O que é, ou o que significa dar limites aos adolescentes?
Elaboração de um pequeno texto (pode ser uma
frase ou mais de uma) respondendo a essa questão:
.......A sociedade constitui-se de pessoas
que se transformam ao longo do tempo, mudam a forma de pensar e agir. Isso faz
com que uma geração de adolescentes não seja, necessariamente, igual a uma
anterior, assim como são diferentes as regras e os valores sociais de cada
geração. No entanto, independente da época, sempre existirão regras e valores que
moldarão o pensamento, o comportamento, as atitudes dos jovens na sociedade –
são os chamados limites, que podem se apresentar de maneiras diversas, com
maior ou menor rigor.
Depois de definir a expressão central
retirada do tema, é hora de esclarecer o objetivo do texto.
É possível, nessa hora, responder perguntas
como: o que eu pretendo argumentar? Qual é o meu objetivo ao escrever esse
texto?
É muito importante centrar-se no tema
proposto na hora de estabelecer um objetivo.
Exemplo: Como o tema, nesse caso, é “O
adolescente, hoje, precisa de limites?", então, o objetivo será,
exatamente, responder a essa questão. Assim, eu posso fechar minha introdução
com uma pergunta (lembrando-me, sempre, de não copiar o tema proposto) ou posso
colocar a questão do tema sem ser em forma de pergunta propriamente.
.......A sociedade constitui-se de pessoas
que se transformam ao longo do tempo, mudam a forma de pensar e agir. Isso faz
com que uma geração de adolescentes não seja, necessariamente, igual a uma anterior,
assim como são diferentes as regras e os valores sociais de cada geração. No
entanto, independente da época, sempre existirão regras e valores que moldarão
o pensamento, o comportamento, as atitudes dos jovens na sociedade – são os
chamados limites, que podem se apresentar de maneiras diversas, com maior ou
menor rigor. Hoje, questiona-se se esses limites devem ser impostos aos
adolescentes ou se estes devem ser mais livres para estabelecerem seus próprios
limites.
Terceiro passo: o desenvolvimento do texto
Para começar a desenvolver o texto, é
interessante fazer um esquema sobre o que quero argumentar.
Posso colocar em tópicos, em um rascunho, os
pontos principais de cada argumento, lembrando, sempre, do objetivo do texto,
para não deixar a redação “caminhar” para um rumo muito além do esperado.
Exemplo: O objetivo é saber se os
adolescentes precisam ou não de limites. Eu posso argumentar de várias formas.
Vou colocar, aqui, 4 opções:
OPÇÃO
1:
Posso defender a ideia de que os adolescentes precisam de limites e
apresentar
justificativas para isso:
Esquema:
- Os adolescentes precisam de limites porque,
nessa fase da vida, ainda estão se moldando valores que os farão indivíduos
íntegros, com caráter.
- Os adolescentes precisam de limites porque,
nessa fase da vida, eles ainda não têm total discernimento para distinguir tudo
que é certo e errado, segundo um modelo de vida sadio e com respeito à moral.
OPÇÃO
2:
Posso defender a ideia de que os adolescentes precisam de limites, justificar
essa opinião e apresentar exemplo(s) que comprove(m) isso:
Esquema:
- Os
adolescentes precisam de limites porque, nessa fase da vida, ainda estão se
moldando valores que os farão indivíduos íntegros, com caráter, e também os
adolescentes não têm total discernimento para distinguir tudo que é certo e
errado segundo um modelo de vida sadio e com respeito à moral.
- Sobre os exemplos: posso apresentar valores
que se aprendem na adolescência e são levados para a vida inteira, sendo tais
valores passados através dos limites impostos. Apresentar exemplo(s), também,
de atitudes de jovens que mostram a falta de discernimento para distinguir
certo e errado.
OPÇÃO
3:
Posso defender a ideia de que os adolescentes NÃO precisam de limites e
apresentar justificativas para isso:
Esquema:
- Os adolescentes não precisam de limites,
mas de carinho dos pais, que, em
muitos casos, mostram-se ausentes. Os
limites impostos acabam afastando pais e filhos.
- Os adolescentes não precisam de limites
porque eles já são capazes de entender as regras sociais, e os limites
serviriam apenas para inibir a criatividade, a liberdade, a capacidade do
adolescente de “amadurecer” sozinho, de encarar a realidade tal como ela é.
OPÇÃO 4: Posso defender a ideia de que os
adolescentes precisam de limites, mas estes não devem ser impostos com muito
rigor:
Esquema:
- Os adolescentes precisam de limites porque
todo ser humano deve saber lidar com regras, ter disciplina para enfrentar todo
tipo de situação, e isso se constrói ao longo da vida, principalmente, quando
se é jovem.
- Por outro lado, esses limites não precisam
ser impostos com tanto rigor, porque pode tolher a criatividade do adolescente.
Após esquematizar os argumentos, seria
interessante desenvolver esse esquema em, pelo menos, dois parágrafos.
Não posso me esquecer de estabelecer uma
ligação entre esses parágrafos.
Exemplo: Coloquei diferentes maneiras de
desenvolver o texto. Vou escolher apenas uma para a redação não ficar muito
extensa e confusa. Vou escolher a primeira opção para exemplificar meu
desenvolvimento.
Os jovens entre doze e dezoito anos vivem uma fase em que os valores
morais e sociais ainda estão se moldando. Trata-se de um período em que o
adolescente encontra-se em meio às regras impostas pela escola, pela família,
pela sociedade em geral, e essas regras estabelecem limites que, mais tarde,
ajudarão esse adolescente de hoje a tornar-se um cidadão íntegro, com caráter e
disciplinado.
Além disso, nessa fase bem jovem da vida, não se tem total discernimento
para distinguir tudo que é certo e errado segundo um modelo de vida sadio e com
respeito à moral. O adolescente vive cercado de bons e maus exemplos, sendo
estes últimos bastante atraentes, tendo em vista o “glamour” da transgressão.
Nessa realidade, diferir o que é interessante momentaneamente e o que é correto
e promissor não é uma tarefa fácil para o adolescente, por isso é necessário
impor limites para que ele aprenda estabelecer essa distinção.
Quarto
passo: a conclusão
Para iniciar a conclusão desse texto,
voltarei à introdução do texto para relembrar o tema e o objetivo apresentados.
Escrevo, então, uma frase (ou mais de uma) sintetizando o objetivo do texto e o
foco da argumentação (esse foco da argumentação pode ser encontrado no esquema
feito para desenvolver o texto).
Preciso lembrar que não posso repetir o que
já foi usado na redação, preciso usar outras palavras e escrever algo não muito
longo, pois é só uma síntese.
Exemplo:
Assim, diante da dúvida se se deve impor limites aos adolescentes hoje,
pode-se afirmar que a sociedade precisa de indivíduos de bom caráter e que
tenham noção de disciplina. Para se ter isso, é preciso que os jovens saibam
seguir regras, internalizar valores e distinguir o melhor caminho a ser
percorrido.
Para encerrar a conclusão, pode ser
interessante apresentar uma solução para o problema tratado ou uma sugestão
relacionada à questão desenvolvida.
Exemplo: como a questão que estou usando como
exemplo diz respeito aos limites, e o desenvolvimento apresentando, aqui,
centrou-se na justificativa de se impor, sim, limites aos adolescentes, então,
posso fechar o texto com uma das duas opções abaixo:
1) Uma sugestão para os pais: mostrando uma
maneira de impor limites apropriada para a geração de adolescentes atual.
2) Uma sugestão para os próprios
adolescentes: mostrando uma maneira de entender a imposição de limites como
algo positivo.
Escolho, então, a segunda opção para
encerrar:
Assim, diante da dúvida se se deve impor limites aos adolescentes hoje,
pode-se afirmar que a sociedade precisa de indivíduos de bom caráter e que
tenham noção de disciplina. Para se ter
isso, é preciso que os jovens saibam seguir regras, internalizar valores e
distinguir o melhor caminho a ser percorrido. Portanto, os adolescentes não
devem enxergar os limites impostos como uma forma de perseguição ou como uma
maneira de evitar que eles “vivam a vida", mas sim como uma autodefesa
diante da liberdade exagerada, da falta de humanidade, do modismo em detrimento
do amor próprio e do excesso de "doces armadilhas" que a realidade
apresenta.
OBSERVE
AGORA O TEXTO COMPLETO:
A sociedade constitui-se de pessoas que se transformam ao longo do tempo,
mudam a forma de pensar e agir. Isso faz com que uma geração de adolescentes
não seja, necessariamente, igual a uma anterior, assim como são diferentes as
regras e os valores sociais de cada geração. No entanto, independente da época,
sempre existirão regras e valores que moldarão o pensamento, o comportamento,
as atitudes dos jovens na sociedade – são os chamados limites, que podem se
apresentar de maneiras diversas, com maior ou menor rigor. Hoje, questiona-se
se esses limites devem ser impostos aos adolescentes ou se estes devem ser mais
livres para estabelecerem seus próprios limites.
Os jovens entre doze e dezoito anos vivem uma fase em que os valores
morais e sociais ainda estão se moldando. Trata-se de um período em que o
adolescente encontra-se em meio às regras impostas pela escola, pela família,
pela sociedade em geral, e essas regras estabelecem limites que, mais tarde,
ajudarão esse adolescente de hoje a tornar-se um cidadão íntegro, com caráter e
disciplinado.
Além disso, nessa fase bem jovem da vida, não se tem total discernimento
para distinguir tudo que é certo e errado segundo um modelo de vida sadio e com
respeito à moral. O adolescente vive cercado de bons e maus exemplos, sendo
estes últimos bastante atraentes, tendo em vista o “glamour” da transgressão.
Nessa realidade, diferir o que é interessante momentaneamente e o que é correto
e promissor não é uma tarefa fácil para o adolescente, por isso é necessário
impor limites para que ele aprenda estabelecer essa distinção.
Assim, diante da dúvida se se deve impor limites aos adolescentes hoje,
pode-se afirmar que a sociedade precisa de indivíduos de bom caráter e que
tenham noção de disciplina. Para se ter isso, é preciso que os jovens saibam
seguir regras, internalizar valores e distinguir o melhor caminho a ser
percorrido. Portanto, os adolescentes não devem enxergar os limites impostos
como uma forma de perseguição ou como uma maneira de evitar que eles “vivam a
vida", mas sim como uma autodefesa diante da liberdade exagerada, da falta
de humanidade, do modismo em detrimento do amor próprio e do excesso de
"doces armadilhas" que a realidade apresenta.
MODELO
DE TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO EM PROSA
Meio-ambiente e
tecnologia: não há contraste, há solução
Uma das maiores preocupações do século XXI é a preservação ambiental,
fator que envolve o futuro do planeta e, consequentemente, a sobrevivência
humana. Contraditoriamente, esses problemas da natureza, quando analisados, são
equivocadamente colocados em oposição à tecnologia.
O paradoxo acontece porque, de certa forma, o avanço tem um preço a se
pagar. As indústrias, por exemplo, que são costumeiramente ligadas ao
progresso, emitem quantidades exorbitantes de CO2 (carbono), responsáveis pelo
prejuízo causado à Camada de Ozônio e, por conseguinte, problemas ambientais
que afetam a população.
Mas, se a tecnologia significa conhecimento, nesse caso, não vemos
contrastes com o meio-ambiente. Estamos numa época em que preservar os
ecossistemas do planeta é mais do que avanço, é uma questão de continuidade das
espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente nós, humanos. As
pesquisas acontecem a todo o momento e, dessa forma, podemos considerá-las
parceiras na busca por soluções a essa problemática.
O desenvolvimento de projetos científicos que visem a amenizar os
transtornos causados à Terra é plenamente possível e real. A era tecnológica
precisa atuar a serviço do bem-estar, da qualidade de vida, muito mais do que
em favor de um conforto momentâneo. Nessas circunstâncias não existe contraste
algum, pelo contrário, há uma relação direta que poderá se transformar na salvação
do mundo.
Portanto, as universidades e instituições de pesquisas em geral precisam
agir rapidamente na elaboração de pacotes científicos com vistas a combater os
resultados caóticos da falta de conscientização humana. Nada melhor do que a ciência
para direcionar formas práticas de amenizarmos a “ferida” que tomou conta do
nosso Planeta Azul.
ATUALIDADES
– Sugestão de temas
Os
vestibulares sempre dão ênfase a temas atuais. É comum vestibulandos se
depararem com questões que envolvem eventos que se destacaram no Brasil e no
mundo nos últimos anos. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também costuma
abordar temas de grande repercussão na mídia.
Artigos
de "Atualidades"
1.A Comissão da Verdade no vestibular
Saiba como o tema “Comissão da Verdade” pode
surgir no vestibular desse ano.
2. A construção da Usina de Belo Monte
Vestibulandos precisam se informar sobre a
localização e os aspectos positivos e negativos da construção da usina.
3. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa:
quais as mudanças?
Novas regras serão obrigatórias nos
vestibulares a partir de 2012.
4. As superbactérias
As superbactérias são um conteúdo possível de
ser explorado em vestibulares.
5 Energia Nuclear e Vulcões nas provas de
Física
6.As principais dicas da Física cobrada nos
vestibulares.
7. O movimento “Yosoy132”: a chamada
“Primavera Mexicana”
Protesto dos estudantes no México contra o Partido
Revolucionário Institucional pode ser tema de questões do vestibular.
8. Olimpíadas e Copa do Mundo – prováveis
temas para redação
Eventos são prováveis temas para redação, uma
vez que se revelam como assuntos atuais.
9. Os processos de Nacionalização dos
Hidrocarbonetos e de Empresas na América Latina
10. Estatização de empresas de petróleo, gás
natural e energia tem se tornado prática de alguns governantes.
11. RIO + 20: qual o legado, afinal?
Conferência das Nações Unidas realizada em
junho no Rio de Janeiro deve ser cobrada em questões de vestibular e Enem.
12. Vulcões e caos aéreo
O caos aéreo causado pelas cinzas dos vulcões
pode suscitar questões de Química nos vestibulares.
OUTROS TEMAS
QUE PODEM CAIR NO ENEM
- Energia: Acidente nuclear no Japão
- Meio Ambiente: Código Florestal,
derramamento de petróleo e Rio+20
- Meio Ambiente: Catástrofes naturais
- Meio Ambiente: Sustentabilidade
- Tecnologia: Internet
- Geopolítica: 30 anos da Guerra das Malvinas
- Geopolítica: Primavera árabe
- Geopolítica: papel do Brasil no cenário
internacional
- Cidadania: eleições municipais